This is an example of a HTML caption with a link.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

23 ANOS DA ALDEIA SAPUKAY




terça-feira, 29 de novembro de 2011

Aldo e Esposa

Um dos casais mais bacanas que conheço na Aldeia.









sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Pausa Para Um Lanche



Em 2009 estava eu fazendo meu caminho de volta pra casa de minha mãe, isso daria mais de uma hora de caminhada, mas como era domingo e eu não tinha trabalhado então resolvi ir caminhando. Todo domingo é meu dia de lazer com as crianças da aldeia. Na verdade nem chega a ser lazer no sentido de diversão, pois o que elas mais gostam e ficam contando os dias da semana para que chegue logo esse dia, é o fato de que eu levo creme de cabelo e xampu para lavar a cabeça. A brincadeira no início começou tímida, pois muitos tinham vergonha, mas com o tempo a fila foi aumentando e hoje é só diversão. Mas isso é conversa para outra hora. O que quero deixar registrado é que ao final de um dia de domingo eu já descendo a estrada com um sol ainda forte me deparei com umas crianças que estavam depois da porteira já fora da reserva, era uma curva acentuada para a esquerda de quem ia descendo. Eles estavam ali sentados fazendo um lanche antes de encarar a subida. Eram cinco. Eu ao passar os cumprimentei e não dei mais que dois passos e me chamaram para fazer parte com eles no lanche. Não pude fazer desfeita, então voltei e sem cerimônia sentei e comi lá um pouco do salgadinho que eles comiam. Quando um índio te oferece alguma coisa, não se pode recusar, ainda mais sendo eles os meus amigos. Ficamos ali fazendo hora e jogando conversa fora. Eles pareciam não contar o passar das horas pois nada parecia ter algum motivo para pressa. Eu fiquei também sem contar o tempo e me desliguei do relógio. O barulho da mata e da cachoeira ao fundo era convidativo para um momento de total desligamento da rotina do dia a dia.































Depois de quase uma hora, decidi caminhar mais um pouco e eles também, ali a noite caía bem mais cedo por causa das montanhas, então me despedi deles e parti. Ainda teria muito pra caminhar e eles também.



Índo Para a Escola

O índio não tem boa vida, muito menos uma perspectiva de futuro como nós imaginamos e corremos em busca de algo melhor. O índio me lembra a história dos negros no passado, onde segundo a história para provarem que eram bons no que faziam trabalhavam o dobro e mesmo assim o reconhecimento era muito pouco. Com o índio não é muito diferente não. Mas uma coisa que admiro é o esforço que as crianças fazem para ir à escola, pois com chuva ou não, se tiver aula lá vão elas. Se vão ser alguém no futuro não sei, se vão se tornar índios melhores, eu desejo e espero. A educação escolar sempre faz do homem ou da mulher, seres melhores. Eu desejo que aqui na aldeia um dia possa sair alguém para trazer uma representatividade e lutar por melhores condições para todos e acredito que só através do estudo e do conhecimento da língua isso é possível.



Moradores Novos










Certa vez estava eu indo para a aldeia e no caminho encontrei uma pessoa com características indígena. Estava ele carregando uma caixa de picolé. Curioso, perguntei se ele morava na aldeia, pois eu não tinha lembrança de vê-lo por lá. O engraçado é que só eu falava, ele apenas respondia com um “humrrum!”, eu pensava em silencio comigo mesmo: “meu Deus que língua é essa desse homem que só fala humrrum?” Quando ele se deu por vencido afinal acredito eu que até então ele não sabia que eu ia subir pra aldeia. Mas quando ele viu que dobrei o caminho junto com ele, então ele finalmente falou. Perguntou se eu ia subir pra aldeia. Eu disse que sim, que sempre ia lá. Nessa época eu não fazia nada de projeto, somente a cantina já estava pronta, no mais eu ia sem compromisso com nada, se aparecesse algo com certeza eu fazia. Ele disse que tinha chegado do sul, mas que não estava se adaptando pois onde ele morava não era pede montanha, e isso estava acabando com ele. Fora que não tinha como ganhar dinheiro, por isso ele ia sempre a Angra dos Reis buscar picolé pra vender na aldeia. E de fato subir para a aldeia não é para qualquer um, é muito cansativo, para quem já mora aqui há anos é super normal. Eu mesmo no início fui humilhado por dois velhinhos que passaram a minha frente e sumiram. Ao chegar perto da escola ele virou a esquerda e eu pude ver onde ele estava morando. Era uma casinha onde as paredes eram de madeira bem fina (tipo uma cerca de bambu, um do lado do outro) de forma que se via tudo. Acabei ficando ali com ele e conversamos um pouco. Foi então que ele me pediu se podia arrumar pra ele uma foice, um facão e uma enxada. Não prometi mas disse que ia ver o que podia fazer. Depois de um tempo subi até a casa da Rosa. Nesse tempo ainda não conhecia o João o que veio acontecer em 2009. Passado alguns dias eu passei uns e-mails a alguns amigos de Orkut pedindo a colaboração de dez reais para poder comprar o que o índio me pediu. O que foi prontamente providenciado, quem me conhecia sabia que meu trabalho era serio. Depois de dois dias já estava com o dinheiro na mão e fui comprar o material para o tal índio. Ele ficou muito satisfeito pois agora poderia limpar seu quintal e ir na mata cortar taquarinha para sua esposa fazer seu artesanato.

Nesse post quero agradecer a minha eterna amiga Lili de Goiânia, a Mara, o Pedro e o João aqui do Rio. Não fui eu quem contribuiu para com a alegria desse índio mas os meus amigos que proporcionaram isso eu somente fui o porta-voz

Muito obrigado a todos.


Em 2010 eles voltaram para seu estado de origem



Mãe do Lucas









Essa é a mãe do Lucas, eu ADOROOO essa pessoinha, tão bacana, tão simples tão humilde que quando a gente conversa com ela parece que é transportado para um outro mundo. E amo essa gente. Aqui ela nesse dia estava preparando o material para fazer artesanato, claro e as crianças sempre junto da vovó.



Colhendo Sementes





Hoje eu saí junto com as crianças para colher sementes (confesso que não me lembro o nome da semente, mas prometo depois postar) ela é muito usada para fazer um tipo de colar. Passamos o dia inteiro atrás dessas sementinhas que por aqui tem muito valor e é parte da cultura dos Guaranis.












Isso foi em 2006, hoje essas crianças já estão enormes. Como o tempo passa rápido.



Entrada da Aldeia













Casa do Argemiro












Casa da Rosa

































Casa do PitBull